segunda-feira, 23 de março de 2009

PRIMEIRA COMUNICAÇÃO CODIFICADA

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Joaquim Barp Quinan
Francisco Barp Quinan
Sou teu avô-menino
E proponho acordo
Táticas de desmembramentos
Tudo secreto porque decerto
Muitos não acharão que é certo
Envolvê-los tão cedo nessa epopéia

Foi quando eu era avô-filho
Que conheci
Ela estava em todo lugar
Mas desinteira
Porque as gentes
Achavam de prendê-la
Numas esquisitices

Sei só um pouco do
Antes...antes...antes...


Um que era mais forte
Tirava dum mais fraco
E a trancava dentro da sua força
Acho que foi assim que tudo começou
O fraco às vezes nem sabia o que era
Mas ficava mais fraco
Alguns não esqueciam os vestígios
Que ela deixava neles
E começaram a vê-la espalhada
Pelas coisas do mundo
E um primeiro
Decerto percebeu que era entre
Os homens a maior prisão

E esses uns
Os mais tolos
Numa diabeira danada
Dizem que a defendem
Que lutam por ela
Desde antes... antes... antes...
Mas tudo isso é medo puro
Os fortes não sabem lidar
Os fracos na maioria das vezes
Não a reconhecem
Por isso nossa campanha
Integrativa

Aviso aos atentos meninos-netos
Que a liberdade é sabida
E só por isso anda até hoje
Entremeada nos caminhos
De fortes e fracos
Quando a olharmos
Ela nos olhará
E devemos estar preparados
Para sempre trocar
O que formulamos nesse olhar

De tanto ser fragmentada
Pelo tempo afora
Se ela nos olhar com o olhar
Da liberdade que nos convém
Devemos tomar cuidados
Porque ela não é de ninguém
Quando parece ser só tua
Sempre é de mais alguém

Se olhar assintôtica
É coisa
Que pode ser que sim
E pode ser que não
Mas sempre é quando
E pro pai-menino é estando
Se for condicional, provisória...
Vigiada ou sob palavra
Não olha não, porque são
Fantasias que os homens
Fortes e fracos
Puseram nela
Para tentar nos enganar

De cátedra
Roupa de gala
Que só esconde
A beleza da nudez
Do seu jeito de olhar

Devemos ter muito cuidado
Com essas vestimentas
Imprensa, indiferença...
Linguagem, pensamento...
O guarda-roupa
É bem cheio
O melhor é olhá-la
Com a limpidez dela própria
Essa, deixaremos entrar

Vestida ou nua
Presa ou liberta
A cobiça ronda a dita
Não vamos roubá-la para nós
Deixamos o coração aberto
Para todas às vezes
Que ela quiser entrar

Assim ficamos acertados
Joaquim Barp Quinan
Francisco Barp Quinan
No que me ajudarão
Continuar encontrando
E assim encontrarão também

E poderão contar aos filhos
E aos filhos dos filhos
Que também ajudaram o avô-menino
Andar pela guerra no mundo
Para deixar a liberdade
Entrar nua, sem meias partes...
Por todas as partes do coração

Nosso código mais secreto
Vamos nos comunicar
Como os adultos porque assim
Eles não vão dar conta de decifrar

Nalguma emergência dessa lida
Consultem o pai-menino
Ele também a conhece
Vejo muitas vezes os dois juntos
Em mais emergência o tio Bola-menino
E a tia Nininha-menina
Eles também andam nessa labuta
Com o avô-pai desde
Um antes-antes pouco
No mais-mais emergência
A mãe-menina sabe querer
Ver a liberdade no coração

E eu
Avô-menino ajudado
Ajudo os meninos-netos
Tê-la assim
Até quando em definitivo
Ela vier
Na morte me levar


MQ
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2 comentários:

  1. Que a morte não leve nunca
    o avô-menino!!
    Que ele fique encantado
    nos sertões de buritizais!

    *Proseando com Guimarães...

    Carinho!

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  2. Jac.

    Obrigado distante amiga muito especial.

    Te abraço.

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