segunda-feira, 30 de novembro de 2009
domingo, 29 de novembro de 2009
LEMBRANDO EURÍDICE
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lembrando eurídice
(fernando carvalho / marcos quinan)
são de solidão
meu amor
os versos no violão
que fiz, lembrando
só nós dois
contam nossa paixão
meu amor
na canção que a lua
nua segue lá do céu
nossa história calando
a madrugada
eras tão minha
e eu só teu
foi quando a dor
me enlaçou
mas meu amor não morreu
não morreu
vive vagando em mim
e nas noites
que o luar abraça
acompanhando esta canção
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kay lyra – voz
fernando merlino – piano elétrico
reno saraiva - acordeom
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sábado, 28 de novembro de 2009
GESTOS DE CADA LUGAR
Erê! Barra Velha
Telelém... telelém...
Delegado destranca a rua
Que nela quero passar
Pra trocar com alegria
O daqui com o de lá
Barra Velha apresente
Cada parte de rio e mar
Onde sei que sou chegado
Mesmo antes de chegar
Onde aponto o rumo e deixo
Qualquer vento me levar
Sem saber se vou depressa
Ou não saio do lugar
Telelém... telelém...
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POR CAUSA DA VIOLA - ORAÇÃO DE FLORESTA E RIO
por causa da viola
não se adisculpa não
meu amigo cantadô
ôce bem sabe que mora
num coração perdoadô
se adisponha no sempre
desse peão servidô
nóis já plantamo a semente
agora é coiê as frôr
enquanto nóis dois vivente
se adisponha pur favô
e quando se um ausente
sua farta será dô
mas sempre fica a semente
desse um tar de amor
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MQ
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WANDA MONTEIRO - O BEIJO DA CHUVA
SECRETO
Segredo
É pensamento escondido em pedra
Que forma
Deforma
No oco do oco de sua crueza
E quando
Dela sai
Pode voar
Ou cair
Abrindo
F E N D A S
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sexta-feira, 27 de novembro de 2009
CAMILO DELDUQUE - O ESTILETE DO DIABO...
13.02.04
Cosanostra
Deitado em cacos de vidro
Um anjo espera ao demônio de plantão
Um pouco de prosa torta para começar
Um parco assunto sobre coisas do inferno
Um porco resumo para o céu azul
Concessões aos pecados veniais
Assim os dois canalhas
Abrem suas longas asas de seda
E se abanam sob as saias de Deus
Eles agora são arcanjos
Que tocam banjo para outros diabos
Que se penduram em cordas de sinos
Badalando horas de concessão
De pé sobre mais cacos de vidro
Surge um novo santo insurrecto
Para ser mãe das virtudes
E pai efêmero dos poetas
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RUY GODINHO - RODA DE CHORO
RODA DE CHORO – SÁBADO – DIA 28.11.09
O destaque do 1º bloco vai para a Coleção Choro Carioca - Música do Brasil. O compositor enfocado é o trombonista Manoel Amorim Lima (Braga), assíduo frequentador das rodas de choro no Retiro da Velha Guarda, em Jacarepaguá (RJ), nos anos de 1960.
No 2º bloco, o destaque vai para o CD Trio 3-63, onde a flauta de Andréa Ernest Dias se ancora num trabalho harmônico e rítmico do piano de Paulo Braga e na percussão de Marcos Suzano.
No 3º bloco é a vez do CD Época de Choro, de Ronaldo do Bandolim e Rogério Souza, uma homenagem a Carlinhos Leite, o violonista que acompanhou Jacob do Bandolim em todas as suas gravações.
No 4º bloco, teremos a revisita da cantora e pesquisadora Teresa Pineschi e as músicas do CD O Teu grammophone é bão – A música brasileira entre 1830 e 1910, lançado no ano de 2005.
No 5º bloco, o destaque vai para o CD homônimo, do violonista (7 cordas) Rogério Caetano, lançado em 2009. Nascido em Goiânia, formado em Brasília, Rogério é músico requisitado no Rio de Janeiro, onde mora atualmente.
Ouça pela internet:
Rádio Câmara, Brasília: www.radio.camara.gov.br sábados, 12h.
Rádio Roquette Pinto, Rio de Janeiro: www.fm94.rj.gov.br
terças e quintas-feiras, 14h; quartas e sextas-feiras, às 2h.
Rádio Utopia FM, Planaltina-DF, quartas-feiras, 18h.
Produção e Apresentação: Ruy Godinho
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quinta-feira, 26 de novembro de 2009
OLHAR DE CÃO - JEITO DE SENTIDOR
Olhar de cão
A solidão ronda o dia
Como uma canção triste
Roda em volta
Enquanto te idealizo
Vestida do meu corpo
Gemendo mistérios
Roda em volta
Enquanto me idealizo
Teu e tanto
Gritando esquecimentos
Mas a mentira do instante
Faz a solidão parar de rodar em volta
E, como o cachorro que passa
Olha-me e vira o rosto com indiferença
- Hum... é ele de novo
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MQ
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GESTOS DE CADA LUGAR
Formiga de fogo
Erê! Formiga de fogo
Prazer te conhecer
A visita é cordial
O abraço é de doer
Telelém... telelém...
Sonhei quase dormindo
Sonhei quase acordado
Enquanto filas faziam
Para eu ser apresentado
Erê! Formiga de fogo
Prazer te conhecer
A visita é cordial
O abraço é de doer
Telelém... telelém...
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MQ
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CANTO DE BOM ENTÔO - UM LUGAR CHAMADO RONCADOR
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canto de bom entôo
(eudes fraga / marcos quinan)
no rumo que o vento venta
em canto de bom entôo
o dia nascendo claro
nas patas, um quase vôo
distância amolando a pressa
anseio que abençôo
de longe vou rompendo tempo
na saudade que remôo
cavalo aponta as ventas
rama fazendo entravo
roca rangendo tempo
cascos caminho cravo
sustendo esse afogueio
pelo destino que dôo
tramela abrindo porta
em volta faz bom ressôo
amor, sina tirana
encanto de bom entôo
querência que a gente não enjoa
amor que vem amor
amor que voa
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mário mesquita e marcus brito – vozes
fernando merlino – piano elétrico
pantico rocha – bateria
marcelo mariano – baixo
roberto stepheson – flautas
fernando carvalho – violão de 12
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quarta-feira, 25 de novembro de 2009
AMOR TRANÇADO - VAQUEIRO MARAJOARA
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Amor trançado
Viver preso na lembrança
Sem olhos pra ver verdejo
No corpo que ainda trança
Tanto amor ao meu desejo
Canarana esparramava
O verde melhor do ano
No tempo que eu te amava
Sem saber de desengano
Japiim cantou mais alto
Foi no dia do abandono
Senti um sobressalto
Revelando o desumano
Nos braços do desengano
Sou casco desgovernado
Navego um bamburral
Remando o meu passado
“O cordão de aningas
Retirava todo ano
A semente que vinga
Do vento que vai soprano”
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MQ
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II BIENAL DE POESIA - BRASÍLIA 2010
Cinco grupos de poetas vão anunciar a II Bienal de Poesia na Feira do Livro
Poemação Esquentando os Tamborins será no Café Literário, dia 26, às 18h
Cinco grupos de poetas e músicos brasilenses vão alardear o lançamento da II Bienal Internacional de Poesia de Brasília (II BIP), durante a 27ª Feira do Livro de Brasília: Coletivo de Poetas, O Grande Barco, Oi Poema, Tribo das Artes e VivoVerso vão se apresentar no poemação Esquentando os Tamborins, programado para o dia 26 de novembro, de 18h às 19h30, no Café Literário.
O poeta e diretor da Biblioteca Nacional de Brasília, Antonio Miranda, é o anfitrião do evento, que já quer colocar a cidade em sintonia com o mega-festival de poesia, em organização para 2010, dentro da programação dos 50 anos de Brasília.
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terça-feira, 24 de novembro de 2009
LADAINHA DE PAJELANÇA - VAQUEIRO MARAJOARA
Ladainha de pajelança
Quando a vida me mentiu
Não fiquei em desatino
Aceitei qualquer função
Calei a boca do destino
Persegui por muitas buscas
Transformar o meu caminho
Curando os que têm cura
Serenando quem vai sozinho
Venho é de sentimento
Bem armado de valentia
Não nego lenimento
Se alguém precisar um dia
“Fogo pra esquentá
Cachaça pra distraí
Pode chegá caruana
Fumando seu tauari”
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MQ
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MARIELZA TISCATE
Surgi entre os fios de teus cabelos.
Nasci ali de uma hora para outra, em poesia.
Morei em cada um e os vi branquear pouco a pouco.
Assim é porque meu ninho são tuas histórias e serei tua mãe e teu pai, o sertão, o pó, a lágrima arredia, a carne navalhada, os sons, os cantos, os pensamentos soltos com os quais semeastes florestas e florestas.
Nascerás de mim, está escrito. Serei o útero e inverterei a ordem da vida para que venhas ver o mundo outra vez. Nos esquecidos da memória o resgate do menino. Viverás a sina do poeta: recontar os passos na estrada em cânticos que jorram da boca de teu povo, mas não da tua. Contarás todos, um a um, porque meus olhos serão ternos e desejarão sorver-te a vida e fazê-la parte de meu sangue e de meu riso.
Eu vim sem avisar-te. Achei de encontrar-te quase em sono, entre teus devaneios ainda, no lugar que é teu, e que, mesmo acompanhado, estás só e não pertences a ninguém a não ser a ti mesmo.
Achei de aparecer assim, nua, tão nua que abriste os olhos com força e sei que sorveste minha vida inteira por eles.
Agora que ela entrou em ti nos pertencemos.
Quando teus olhos sugaram os meus naquela primeira noite, eu chorei por dias e dias. Fiquei ali na beira de teu leito, cada noite. Queria entrar em teus sonhos e pesadelos. E entrei. Por mágica do destino, talvez, nem tentastes me impedir. Estavas em teu canto solitário e deixaste a porta entreaberta. No saguão havia festa, pessoas amigas riam e cantavam em tua sala, nas varandas. As árvores vergavam à tua lembrança agradecidas, e havia também o cortejo dos caboclos, sertanejos, das rendeiras, carpideiras, negros, índios. Eles passavam e cantavam em tua porta. Era a mais linda procissão que já se viu. Estavam vivos de novo graças a pulsação de tua mente forte, profunda. Estavam vivos e lembrados. Cantavam e erguiam estandartes, facões, enxadas, chapéus de couro e palha. Jogavam para o céu estrelas coloridas que lá se fixavam e vinham habitar de novo tua mente viva. Projetavam nas paredes da cidade, no coração do povo adormecido, um chamado, um apelo, uma ordem. Sejamos o que somos e mais ainda. Sejamos o que fomos e mais ainda! Ousemos o que nunca seremos!
Eu estava ali, sentada ao teu lado e não via nada de mim.
Tinhas olhos acesos e logo querias cantar-me. Querias mais. Querias que te pertencesse urgentemente, porque sofres de urgências desde sempre. Mas eu... apenas segurei tua mão em silêncio e dizia sem palavras o amor imenso que te daria dali para a frente.
Então, vi teus olhos fecharem. Abraçaste a mulher e não soltavas minha mão da tua. Ficamos assim madrugada afora.
Eu velei teu sono inteiro, de ponta a ponta.
E quando foi manhãzinha, o sol mal nascia, tudo era claro e era eu que dormia.
Sonhei em meu berço, sonhos de criança. Havia um homem com olhos de estrelas e ele cantava palavras bonitas.
E o vi. Segurava minha mão pequena e não havia mais ninguém naquele quarto vazio.
Somente eu e ele.
Habitava meus sonhos e sorrisos de quem recém nasceu para o mundo. Recém nasci e não sei de nada a não ser daquela mão segura na minha como se me dissesse: não deixo que sumas. Não sumirás porque agora tens a mim para velar por tua história.
Foi assim, dum inesperado puro, que tudo começou.
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segunda-feira, 23 de novembro de 2009
RELÓGIO DA SAUDADE - UM LUGAR CHAMADO RONCADOR
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relógio da saudade
marcos quinan / antônio vicente mendes maciel (*)
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o relógio da saudade
anda suspenso nas horas
só quem não ama não sente
quando seu bem vai embora
quando meu bem me visita
se estou doente melhoro
repito a mesma doença
quando meu bem vai embora
minuto parece hora
hora parece dia
dia parece ano
quando meu bem vai embora
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francesca ancarola – voz
fernando merlino – piano elétrico
roberto stepheson – sax soprano
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(*) Antonio Conselheiro
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LUCINA + DO QUE PARECE
Música de Lucina e Zélia gera relicário amoroso
Título:
+ do que Parece
Gravadora: Flautim
Cotação: * * * *
Cantoras de timbres similares, Lucina e Zélia Duncan também se irmanam através de suas parcerias. Nove delas - seis inéditas - foram reunidas por Lucina em seu novo bom CD, + do que Parece.
Em pouco mais de 24 minutos, a artista apresenta delicado mosaico de sons e sentimentos em baladas de violões e de espírito folk que bem poderiam figurar nos discos gravados por Zélia antes de ela se transformar em outras. Olhos de Marte e Hora Marcada são alguns destaques nessa seara. Mas, de fato, o disco oferece mais do que parece às primeiras audições.
Entre um tema bluesy menos inspirado (Meu Amor, Você Sabe) e canções de atmosfera suave (há real beleza em Dias e Noites), o álbum surpreende em Tomzé, tributo ao compositor homônimo, gravado com arranjo lúdico que traduz bem o espírito e a inquietude do homenageado. Nessa faixa, assim como em Há Tempos e na poética Fim, sobressai a kalimba de Décio Gioielli, símbolo da delicadeza do disco. Já Na Areia é adornada pelas vozes irmãs de Tetê Espíndola e Alzira Espíndola (Tetê também faz vocais na supra-citada Dias e Noites) enquanto Sem Suspiros - música cuja letra instigante questiona os limites do amor e do interesse da pessoa amada - traz as vozes de Anelis Assumpção e Luz Marina.
Zélia figura no disco somente como compositora, mas seu espírito paira naturalmente ao longo de suas nove parcerias com Lucina, mote deste relicário amoroso.
Mauro Ferreira - http://blogdomauroferreira.blogspot.com/
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FUNDAÇÃO JOAQUIM NABUCO - RECIFE
Serviço
O que: Seminário Identidades Culturais em Trânsito
Quando: de 25 a 27 de novembro
Onde: Centro Cultural Banco do Nordeste Juazeiro do Norte Ceará
Projeto: Pensando o Contemporâneo
Promoção Coordenação-Geral de Capacitação e Difusão Científico-Cultural Diretoria de Cultura Fundação Joaquim Nabuco
Informações: (81) 3073-6659/ 3073-6670 cadif@fundaj.gov.br
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domingo, 22 de novembro de 2009
CHAMAS - ORAÇÃO DE FLORESTA E RIO
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chamas
cheiro de aurora
na pele
que a boca
quer beijar
e clama
o desejo fala
se cala
e clama
as mãos tocam
e se entregam ao corpo
a pele se veste
de mãos em chamas
o desejo rodopia
não se contenta
explode
na madrugada calada
e na boca que engole
o silêncio em chamas
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MQ
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GESTOS DE CADA LUGAR
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Maçariquinhos
Erê! Meu Marajó
Telelém... já sei voar
Ensinei como partir
Aprendi como chegar
No vento da igualdade
Que tem em cada lugar
Voaram os maçariquinhos
Da beira de um banhado
Mudando rumo do vento
Pros lados do espraiado
A vela soltou do mastro
Desatando de um lado
Desmanchando a direção
Do vento desencostado
Palavras gritaram a boca
Comandando a valentia
Que tem em cada medo
Nos medos de cada dia
Ao longe os maçariquinhos
Em vôo bem governado
Deixaram o vago do dia
No vento reordenado
Erê! Meu Marajó
Telelém... já sei voar
Ensinei como partir
Aprendi como chegar
Telelém... Telelém...
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MQ
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sábado, 21 de novembro de 2009
URUTAU - VAQUEIRO MARAJOARA
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Urutau
Urutau não pisa o chão
Tem seu jeito de evitar
Imóvel vira arredores
Comendo tudo no ar
Disfarce de um segundo
Engana qualquer olhar
Na procura da fartura
Para o bico agarrar
Até sem abrir os olhos
Tem modo de enxergar
Sem bravata é criatura
Noturna e singular
Seu vôo uma ventania
Só mudando de lugar
Nas penas tem segredo
Guardado entre o luar
“Arranquei duas penas
Do rabo do urutau
Pra ajudar a menina
A evitar qualquer mal”
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MQ
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RUBEM BRAGA
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Mar maior que a terra,
mar do primeiro amor,
mar dos pobres pescadores maratimbas,
mar das cantigas do catambá,
mar das festas,
mar terrível daquela morte
que nos assustou,
mar das tempestades de repente,
mar do alto e mar da praia,
mar de pedra e mar do mangue...
Mar suave e oleoso,
lambendo o batelão.
Mar dos peixes estranhos,
mar virando a canoa,
mar das pescarias noturnas
de camarão para isca.
Mar diário e enorme,
ocupando toda a vida,
uma vida de bamboleio de canoa,
de paciência,
de força de sacrifício sem finalidade,
de perigo sem sentido,
de lirismo, de energia.
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
DIA DA CONCIÊNCIA BRASILEIRA
FUNDAÇÃO JOAQUIM NABUCO - RECIFE
O Centro Audiovisual Norte-Nordeste (Canne) realiza a partir de 23 de novembro o curso de pós-produção digital em cinema com o professor José Francisco Neto em quatro capitais do Norte e Nordeste. De 23 a 24 de novembro o curso acontece em Recife; de 30 de novembro a 4 de dezembro, em João Pessoa; de 7 a 11 de dezembro, em Belém e de 14 a 18 de dezembro, em Fortaleza.
Sobre José Francisco Neto
É sócio-fundador da Módulos (SP), onde responde pela Integração de Sistemas Digitais. Chiquinho, como é conhecido no mercado, é membro da SMPTE - Society of Motion Pictures and Television Engineers e da ABC - Associação Brasileira de Cinematográfia. Ministra workshops, palestras e escreve sobre pós-produção digital em revistas especializadas.
Serviço
O que: curso de pós-produção digital em cinema com o professor José Francisco Neto
Quando: 23 a 27 de novembro (Recife) 30 novembro a 4 de dezembro (João Pessoa) 7 a 11 de dezembro (Belém) 14 a 18 de dezembro (Fortaleza)
Inscrições: Gratuitas, e estão abertas até 20 de novembro, às 12h
Número de participantes: 20 por cidade
Promoção: Centro Audiovisual Norte-Nordeste Fundação Joaquim Nabuco parceiros locais
Endereço:
Informações:
João Pessoa - oficinasnpdpb@gmail.com carlos.dowling@gmail.com
Fortaleza - npdfortaleza@gmail.com michelline.helena@gmail.com
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RUY GODINHO - RODA DE CHORO
Especial: Os Encontros de Hamilton de Holanda
O bandolinista Hamilton de Holanda é um músico inteligente, um ser humano sensível. Sabe que, ao dividir um palco, multiplica as possibilidades musicais e soma talentos.
Criado nas rodas de choro de Brasília, em ambientes onde a harmonia, o entrosamento, a humildade e o compartilhamento são imprescindíveis, ele aprendeu o valorizar os encontros musicais.
Baseado nesta virtude, o RODA DE CHORO irá enfocar os vários encontros protagonizados por ele: Hamilton de Holanda com Yamandu Costa, com Joel Nascimento, com André Mehmari, com Marco Pereira, com seu irmão Fernando César (Dois de Ouro)... Mas também, com Zélia Duncan, Gabriel Grossi, Daniel Santiago, André Vasconcelos, Márcio Bahia... Além de seus encontros internacionais: com o americano Mike Marshall, com o francês Richard Galliano e o grupo venezuelano Gurrufío.
Hamilton de Holanda tem a técnica excepcional de Luperce, toca com o sentimento de Jacob, tem o carisma do vibrante Armandinho. Resultado dessa amálgama, naturalmente gosta de agregar e somar.
Ouça pela internet:
Rádio Câmara, Brasília:
Rádio Roquette Pinto, Rio de Janeiro:
Rádio Utopia FM, Planaltina-DF, quartas-feiras, 18h.
Produção e Apresentação: Ruy Godinho
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
NOITE SUJA
para plínio marcos
na cidade grande e perdida
uma procissão se forma
inesperadamente e conduz
um corpo proibido
procissão de esfarrapados,
almas noturnas e prisioneiras,
vestindo suas maltrapilhas vidas
conduzindo pela noite suja
a palavra que corta
como navalha
carne de anjo maldito
em procissão
de bar em bar
de mão em mão
pelas noites surdas
e esquartejadas
cena grávida
de solidão e medo
carne de anjo
maldito e marginal
restando insepulta
pelos palcos do brasil
grande e perdido
MQ
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JAC. RIZZO - Estranho bicho
Vou trocando a casca
e por dentro tudo.
Sou mutante.
Me transformo em bicho,
em estranho homem.
Habito desertos e mistérios
rios e mares e montanhas.
Desenho caminhos na areia,
me desfaço, me invento
Sou mutante!
E como se nunca fora,
vivo
cada instante
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Jac. Rizzo - http://jacrizzo.blogspot.com/
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PONTAL DO PILAR - PAULO CESAR PINHEIRO - ED LEYA
Numa madrugada só, li o Pontal do Pilar. Terminei dia amanhecendo, comovido e impregnado da maresia do lugar e de tanta beleza.
Zariá , a ofídia – fantástica. De Zindo dá até pra escutar os acordes.
Te abraço Mestre.
Marcos Quinan
DUAS LÁGRIMAS - ORAÇÃO DE FLORESTA E RIO
duas lágrimas
para nilson chaves
impotência de todos os atos
de todos os credos
emoção esmagada pelo inexorável
transformando a dor
toda a dor
em apenas duas lágrimas
o sangue lateja nos olhos
o coração parado está
a desesperança ronda
duas lágrimas
diferentes de todas
que os olhos já derramaram
são aflição
impotência e consumição
mas desesperança não
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MQ
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quarta-feira, 18 de novembro de 2009
JOANA GARFUNKEL COMENTA GRANDE SERTÃO: VEREDAS
O sertão cantado de Guimarães Rosa“
O sertão me produz, depois me enguliu, depois me cuspiu do quente da boca.” Essa famosa frase de Riobaldo — personagem criado pelo escritor Guimarães Rosa para Grande Sertão: Veredas — está até nos sonhos de Joana Garfunkel.
Junto com seu pai, Jean, ela se encanta e canta trechos da obra e composições nela inspiradas para o projeto Canto Livro, que é apresentado em livrarias, eventos culturais, escolas e teatros.
Veja como o livro de Rosa influenciou o trabalho de Joana e suas dicas para lê-lo e se encantar com o sertão mineiro.
Leia na íntegra:
http://www.educacional.com.br/entrevistas/ent_educ_texto.asp?Id=239613
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PLANANDO PELOS CAMPOS - VAQUEIRO MARAJOARA
Planando pelos campos
No alto da castanheira
Uiraçu faz seu lugar
No rumo do horizonte
Ele guarda seu olhar
Solitário gavião-tinga
Planando pelos campos
Parece filho do vento
Resumido pelos amplos
Vive na borda das matas
Caripira é do alagado
Com seu jeito incomum
Precisa viver ao lado
Distância não o domina
Gainambé fica parado
Imóvel bem lá em cima
É o sino do alagado
O seu vôo cauauá
Manso como lagoa
Não parece disfarçar
Que o perigo sobrevoa
Lusco-fusco florestado
Lá vem o iocó-pinin
Devagar pelo banhado
Fingindo que é capim
“Plantei pé de cravo nasceu alecrim
Sou ave sem ninho, só vivo a sonhar
Com amor e muita paixão sem fim”
(*)
(*)Domínio Público Adaptado
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MQ
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terça-feira, 17 de novembro de 2009
VILLA LOBOS 1887/1959
Villa-Lobos (Heitor Villa Lobos)
Em sua mocidade Villa-Lobos pertenceu a um grupo de chorões, seresteiros de escol. Segundo o crítico Vasco Mariz, seu quartel general era "O cavaquinho de ouro", loja de música na atual Rua da Carioca, onde os chorões recebiam convites de toda a espécie para tocarem nos lugares mais diversos. Faziam parte do grupo, cujo chefe era Quincas Laranjeira, os seguintes chorões: Luís de Souza e Luís Gonzaga da Hora (pistão-baixo), Anacleto de Medeiros (saxofone), Macário e Irineu de Almeida (oficleide), Zé do Cavaquinho (cavaquinho), Juca Kalú, Spíndola e Felisberto Marques (flauta).
O repertório abrangia peças de Calado, Nazareth, Luís de Souza e Viriato. Villa-Lobos tirou os chorões do ambiente para criar uma atmosfera nova na música clássica. Naquele meio, formou uma faceta de sua personalidade, aproveitando o que havia de original. Entre os chorões, Villa-Lobos era o violão clássico e chegou mesmo a influenciá-los, tanto que, por sua sugestão, Ernesto Nazareth escreveu batuques, fantasias e estudos.
Reminiscências dessa época são encontradas em várias peças da série dos Choros e na fuga da Bachiana Brasileira nº 1, composta à maneira da música de Sátiro Bilhar.
No livro "O Choro", publicado em 1936, Alexandre Gonçalves Pinto diz: "Conheci Villa-Lobos quando ele era um exímio chorão. Tocando em seu violão o que é muito nosso com perfeição e gosto de um exímio artista, em companhia do grande cantor e poeta Catulo, de quem ele é dedicado amigo".
O permanente interesse de Villa-Lobos pela música popular está claramente evidenciado no livro de Jota Efegê "Figuras e coisas do carnaval carioca" (MEC Funarte, Rio de Janeiro, 1982) onde o autor descreve, de modo muito pitoresco, o desfile do cordão "Sodade do cordão", organizado pelo próprio Villa-Lobos.
Considerando o canto orfeônico um caminho adequado para a educação musical, é nomeado, na década de 1930, superintendente de Educação Musical e Artística pelo presidente da República, Getúlio Vargas. Em 1940, durante o Estado Novo, rege no estádio do Vasco da Gama a concentração orfeônica que reúne 40 mil escolares. No ano seguinte, no mesmo local, rege a apresentação do cantor Sílvio Caldas, acompanhado por um coro de 30 mil vozes na interpretação de "O Gondoleiro do amor", de Castro Alves.
Dentre sua numerosa obra de mais de 1000 peças de todos os gêneros, Villa-Lobos aproveitou com freqüência temas, ritmos e células de motivos populares urbanos, sobretudo da região do Rio de Janeiro, onde nasceu e passou a juventude. O crítico e seu biógrafo Vasco Mariz afirma que a série dos Choros, 14 peças escritas ao longo dos anos 20, representa sua contribuição mais importante para a música moderna, destacando o caráter suburbano do Rio de Janeiro, com seu lirismo irônico extravasado em surdinas e lissandos.
O Choro nº 2 reflete diretamente os ambientes do Rio do início do século, enquanto o Choro nº 4 é talvez o mais característico sob o ponto de vista da forma. No Choro nº 5, sub-titulado "Alma Brasileira", introduziram-se combinações rítmicas curiosas que identificam o estilo dos seresteiros. Já o Choro nº 6, para orquestra, tem muito maior envergadura e, no entender de José Maria Neves, representa "uma viagem através da alma de seu povo".
A Orquestra Sinfônica Mundial, com Lorin Mazel, gravou esta obra e o disco vendeu mais de 1.000.000 milhão de exemplares no exterior. O Choro nº 8, o choro da dança, é o choro do Carnaval nos seus múltiplos aspectos e heranças. O Choro nº 10 tem como tema central o schottisch "Yara", de Anacleto de Medeiros, que com letra de Catulo da Paixão Cearense passou a ser conhecido com o nome de "Rasga Coração".
O jornalista e crítico Luiz Paulo Horta lembra que esse é considerado o choro mais famoso da série e que a variedade de pássaros existente no Brasil serviu para alguns motivos do Choro nº 10 ("Villa-Lobos, uma introdução", Jorge Zahar Editor, 1987).
Também algumas das Bachianas Brasileiras de Villa-Lobos representam a justaposição de certos ambientes harmônicos e contrapontísticos do estilo de Bach ao lado de algumas regiões do Brasil, sobretudo da música dos chorões cariocas. Vasco Mariz ressalta a notável série das 16 Cirandas e algumas peças do Guia Prático como "A maré encheu" e "Na corda da viola".
Na música de câmara destacam-se o Cinco - Quarteto de Cordas, de um lirismo seresteiro, o belo Quatuor, para conjunto de câmara e coro feminino, que o próprio autor classificava como "impressões da vida mundana carioca", e a Suíte Popular Brasileira, para violão solo, de 1912.
Merece ainda destaque a famosa série de canções, as 14 Serestas, de 1926, e o Samba Clássico, de 1950, para canto e orquestra. Entre suas obras mais conhecidas pelo grande público está "O trenzinho do Caipira", último movimento da Bachianas Brasileiras nº 2, composta em 1930, e que recebeu letra do poeta Ferreira Gullar, em 1975, como parte de seu famoso "Poema Sujo". Essa canção foi primeiramente gravada com letra por Edu Lobo, no final da década de 1970.
A cantilena da Bachianas nº 5 é talvez a música mais conhecida e executada de Villa-Lobos, principalmente depois do sucesso do filme "Deus e o Diabo na Terra do Sol", escrito e dirigido por Glauber Rocha em 1964. A seqüência em que os personagens vividos pelos atores Othon Bastos e Yoná Magalhães beijam-se em pleno sertão, ao som da cantilena regida pelo próprio Villa-Lobos, na gravação da Orchestre National de la Radiodiffusion Française, com solo vocal do soprano Victoria de Los Angeles e acompanhamento de oito violoncelos, tornou-se um dos marcos do Cinema Novo.
A Bachianas Brasileiras nº 5, cujo segundo movimento recebeu letra do poeta Manuel Bandeira, mereceu as mais diversas interpretações de músicos eruditos e populares e foi incluída pelo intrumentista e compositor Egberto Gismonti no seu disco inteiramente dedicado a uma releitura da obra de Villa-Lobos, "Trem Caipira", lançado em meados da década de 1980.
Extraída da obra "Floresta Amazônica", a canção "Melodia Sentimental" foi gravada também na década de 1980 por Ney Matogrosso e Olívia Byington. A canção "Modinha", com letra de Manuel Bandeira, foi incluída por Antônio Carlos Jobim em disco gravado na década de 1980, com interpretação vocal de Danilo Caymmi.
Villa-Lobos foi, aliás, um dos compositores mais admirados e citados por Tom Jobim, e um exemplo dessa influência é a música "Saudade do Brasil", composta e gravada por Tom Jobim em 1976, no disco "Urubu". Em 1980, Milton Nascimento gravou no LP "Sentinela" a faixa "Caicó", uma adaptação da compositora Teca Calazans para o terceiro movimento (Cantiga) da Bachiana Brasileira nº 4.
Os músicos Turíbio Santos, João Carlos Assis Brasil e Wagner Tiso estão entre os que mais recentemente têm revisitado a obra de Villa-Lobos.
No ano 2000, o cineasta Zelito Vianna levou às telas o filme "Villa-Lobos", interpretado na juventude pelo ator Marcos Palmeira e na maturidade pelo ator Antônio Fagundes. As atrizes Ana Beatriz Nogueira e Letícia Spiller interpretam respectivamente as duas mulheres com quem o compositor casou-se: Lucilia e Mindinha.
Desde 1960, o acervo de Villa-Lobos é resguardado pelo Museu Villa-Lobos, criado por determinação do presidente Juscelino Kubisthceky e que teve a viúva do compositor (Mindinha) como idealizadora e diretora até 1985. O museu se encontra atualmente num casarão do século XIX tombado pelo Patrimônio Histórico, no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro. O endereço do Museu Villa-Lobos na internet é: www.museuvilla-lobos.org.br.
O livro biográfico de Vasco Mariz, intitulado "Villa-Lobos, compositor brasileiro", já teve onze edições das quais duas em inglês, uma em francês, uma em russo, uma em espanhol e e uma em italiano.
Villa-Lobos já mereceu em torno de 70 livros dedicados a sua obra, tanto no Brasil, quanto no exterior.
Em 2007, foi lançado o DVD "Quadros de uma alma brasileira" no qual são interpretados seus choros de câmara, além do "Sexteto místico" e do "Noneto", pela Companhia Bachiana Brasileira com direção de Ricardo Rocha.
Em 2007, foi o Palácio do Itamaraty, Rio de Janeiro, o DVD "Quadros de uma alma brasileira", no qual são interpretados seus choros de câmara, além do "Sexteto místico" e do "Noneto", pela Companhia Bachiana Brasileira com direção de Ricardo Rocha. Nesse ano, o dia 5 de março, data de seu nascimento, foi escolhido pela Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro como o "Dia Estadual da Música Clássica".
Em 2009, por ocasião do cinqüentenário de sua morte suas partituras originais começaram a ser digitalizadas, assim como todo seu acervo reunido em 220 caixas guardadas no Museu Villa-Lobos, para em seguida serem disponibilizadas ao público. Também como parte das homenagens ao cinqüentenário de sua morte foi programada para outubro uma grande exposição no Arquivo Nacional com fotos raras, documentos e vídeos históricos do compositor bem como a gravação de todas as suas sinfonias pela Orquestra Petrobras Sinfônica com o posterior lançamento de CD. Também foi planejada para a Sala Cecília Meireles o ciclo "Paria de Villa-Lobos" com concertos sinfônicos e de câmara com obras que ele ouviu e fez ouvir quando morou em Paris na década de 1920.
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Fonte: Dicionário Cravo Albin
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VILLA LOBOS 1887/1959
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Villa-Lobos (Heitor Villa Lobos)
Compositor. Maestro. Violoncelista. Filho de Raul Villa-Lobos, músico amador e autor de livros didáticos, e Noêmia Umbelina Santos Monteiro.
Nasceu numa casa na rua Ipiranga, em Laranjeiras, no Rio de Janeiro e teve sete irmãos. Seu avô materno foi boêmio e gostava de freqüentar festas na companhia de músicos populares. Segundo C. Paula Barros, o avô (Santos Monteiro) chegou a compor uma quadrilha, intitulada "Quadrilha das Moças".
Na infância, Villa-Lobos era tratado pelo apelido de Tuhu. No ano da morte de seu pai, em 1899, escreve, aos 12 anos, a cançoneta "Os sedutores".
Aos 16 anos, morando então com uma tia, começa a travar contato com os chorões, como se chamavam os músicos que tocavam choro (ou chorinho). Tornou-se companheiro de Eduardo das Neves, Ernesto Nazareth, Anacleto de Medeiros e Catulo da Paixão Cearense. O interesse pelo choro faria com que desenvolvesse uma significativa parte de sua obra valorizando o violão.
Em 1905, faz sua primeira viagem ao Nordeste e recolhe canções folclóricas. Torna-se aluno, no Rio de Janeiro, de Francisco Braga, Frederico Nascimento e Agnello França.
Em 1910 é contratado como violoncelista de uma companhia de operetas e começa a compor mais intensamente.
Três anos depois casa-se com a pianista Lucilia Guimarães. Em 1915, acontece a primeira audição pública de suas obras, em Friburgo, no Estado do Rio de Janeiro.
Em 1922, participa, no Teatro Municipal de São Paulo, da Semana de Arte Moderna, ao lado dos modernistas Mário e Oswald de Andrade.
Em 1936, separa-se de Lucília para casar-se com Arminda Neves de Almeida, a Mindinha, com quem viveria até a morte, após uma carreira de sucesso no Brasil e no exterior.
Dois anos antes de seu falecimento em decorrência de um tumor maligno, seus 70 anos de idade foram saudados num editorial no The New York Times.
É geralmente considerado o maior compositor do Brasil, do ponto de vista internacional.
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Fonte: Dicionário Cravo Albin
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FUNDAÇÃO JOAQUIM NABUCO - RECIFE
A Bienal de São Paulo é considerada um dos maiores eventos de arte de massa da segunda metade do século XX. Para apresentar os principais acontecimentos que marcaram a história da Bienal, a Fundação Joaquim Nabuco promove no dia 18 de novembro, às 18h30, a palestra Bienais de São Paulo: Formação e Desmanche, com o professor da Universidade de São Paulo (USP) Francisco Alambert. Em pauta, o apanhado histórico sobre o evento e a hipótese de que o projeto das Bienais de artes está sendo desmanchado. O evento é gratuito. Serão disponibilizadas 100 vagas a serem preenchidas por ordem de chegada. Mais informações no site www.fundaj.gov.br
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Serviço
O que: Palestra: Bienais de São Paulo: Formação e Desmanche com Francisco Alambert
Inscrições: Serão disponibilizadas 100 vagas a serem preenchidas por ordem de chegada
Quando: 18.11. 09 (quarta-feira), às 18h30
Local: Sala Aloísio Magalhães, Fundação Joaquim Nabuco, Derby, Rua Henrique Dias, 609. Recife-PE.
Programa: Estudos da Cultura: formação em arte e cultura contemporâneas
Promoção: Coordenação Geral de Capacitação e Difusão Científico-Cultural Diretoria de Cultura Fundação Joaquim Nabuco
Informações: (81) 3073-6659/ 3073-6670 cadif@fundaj.gov.br
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
MÁRCIA CORRÊA - Silêncio
Há dias que não sai palavra
sem que me arda
a corda vocal do silêncio.
Sem que me cale
a boca da alma,
que nela reside o pensamento.
Não é silêncio de pedra,
é alma em recolhimento.
Silêncio e pensamento
regando os jardins do intento.
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Márcia Corrêa - http://novopapeldeseda.blogspot.com/
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PEDIDO - VAQUEIRO MARAJOARA
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Pedido
É assim que me lembro
Do canto que vim cantar
Com lenço no pescoço
E brasa acesa no olhar
Procurando os olhos dela
Brilhando na escuridão
Refletindo a fogueira
E pedindo atenção
Quais palavras vou falar
Para pedir a sua mão
Nessa chula declarar
Meu amor e intenção
Sei falar as mais usadas
Que o mundo concedeu
Sei contar em enversados
Tudo que me aconteceu
Mas não sei qual fraseado
Tem no sentimento meu
Só sei que sou desejado
Por isso que já sou seu
“ Desejante e desejado
Fui assim desde menino
Completo foi o desejo
Incompleto o meu destino ”
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MQ
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MORRO IMAGINÁRIO - UM LUGAR CHAMADO RONCADOR
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morro imaginário
(marcos quinan / eudes fraga / chico sena)
bem em frente a minha casa
entre muros solitários
tem um morro imaginário
que cativa o meu olhar
ele só me vem de noite
sob a luz da lua mansa
feito sonho de criança
que navega pelo céu, pelo ar
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renato braz – voz
fernando merlino – piano elétrico
pantico rocha – bateria
marcelo mariano – baixo
ocello mendonça - cello
incidental – bolero de ravel
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