.
INCOMPETÊNCIA
Dizer do amor é segurar as águas
que se me escorrem a empapar o chão...
Mais simples pois é o falar de mágoas
Embora saiba que o faço em vão
pois é ao vento meu dizer tristonho
quais mortas folhas, a ninguém tocar
pobres lamentos de perdidos sonhos
soltos, varridos, sem nunca cessar...
Amasso cinzas onde o fogo ardeu
em brasas puras do que é só meu...
Jaz no profundo deste poço escuro
tantos registros de sentidos vastos...
Se não alcanço do que vem futuro,
do passado, a mim, ficam os repastos...
Sinto o amor e o que ele envia
ao meu caminho como direção
mas me escapa sempre, e à revelia,
decifrar em versos minha emoção...
Embora saiba que o faço em vão
pois é ao vento meu dizer tristonho
quais mortas folhas, a ninguém tocar
pobres lamentos de perdidos sonhos
soltos, varridos, sem nunca cessar...
Amasso cinzas onde o fogo ardeu
em brasas puras do que é só meu...
Jaz no profundo deste poço escuro
tantos registros de sentidos vastos...
Se não alcanço do que vem futuro,
do passado, a mim, ficam os repastos...
Sinto o amor e o que ele envia
ao meu caminho como direção
mas me escapa sempre, e à revelia,
decifrar em versos minha emoção...
.
Marisa Pitaluga
.
Não sei se é o amor que nos faz tristeza ou se somos tristeza a tentar o amor. Mas, acho que ainda não é amor esse que pesa sobre nossos ombros e amarga dias e dias de sol.
ResponderExcluirMárcia,
ResponderExcluirOs dois, mas o amor amarga e adocica também.
Bjos