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Porto Velho
Esturro silencioso
Esbanjando rebojos
Perfumando o ar
Vestindo a mulher ausente
Que na lembrança mora
Madeira desce madeira
Despe meu olhar
Fincando nos olhos
A imensidão
Ferindo o tempo
Da minha angústia
Limpando as terras caídas
Que tenho no coração
Segue, segue...
Em harmonia, ramaria
Bracejando lentas
Entre estridor
E raízes gemendo
Incendidas de embriaguez
Dançando nos cantos das margens
Revejo o Madeira
Descendo madeira
Emoldurando em seus mistérios
A sensual mulher ausente
Bramindo curvas
No desenho do pensamento
Entre meu olhar e o rio
MQ
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terça-feira, 3 de março de 2009
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