Sou uma compositora profissional como tantos neste país.
Nosso ofício é criar. É dele que tiramos nosso sustento para continuar
abastecendo de canções o mercado de bens culturais e simbólicos que vão
alimentar as almas e os corações dos que amam
música.
Sem os maravilhosos cantores que interpretam nossas
obras, elas são apenas obras sem divulgação. Mas também sem a obra musical não
existe cantor.
Por isso peço encarecidamente em meu nome, e de meus
colegas compositores, a máxima atenção quando preencherem o repertório que vão
utilizar em cada show. E o valor do contrato ou da bilheteria. Trata-se de uma
distribuição direta, ou seja: não é por amostragem.
É em cima dessa lista e desses valores declarados que
receberemos nosso percentual de pagamento. Vale o que está
escrito.
Nem todos, mas muitos desconhecem esse mecanismo e deixam
a cargo de terceiros desinformados esta função.
Por favor, não encarem nosso direito autoral como despesa
que pode ser cortada ou diminuída. Agindo assim, somos nós que somos cortados e
diminuídos.
Não acredito que nossos
queridos cantores nos queiram mal.
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