quarta-feira, 29 de abril de 2009

MARIELZA TISCATE - Espera

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Era de tardezinha
Pobre dela
Esperava
Já não tinha nem mais
Uma ponta de sol
Pois o mar engoliu inteiro

Veio a noite todinha
Sem lua nem nada
Pobre dela
Esperava
Atinava não
Nos porquês daquilo

Pobre dela
Nem sabia
Que acontece assim mesmo
De não lembrar mais
Dos rostos que ficam no cais

Manhãzinha
Conformada
Assuntou com a vida
E entendeu
A espera
Malvada

Saiu para a lida
Ela, o mar e o vento
Quem sabe em uns dias talvez
Ela também fosse água
E aí não seria preciso
Mais essa espera nem nada
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