quarta-feira, 1 de abril de 2009

FEIÇÃO DO VENTO - Disparada

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o vento lá do cerrado
nas folhas do pequizeiro
traz dos dias da infância
o som que ouvi primeiro

galopando a ventania
dos anos em que vivi
engolido pelo tempo
desde o dia que nasci

sonho beleza do buriti
angico, mama-cadela
nas imagens lucilando
no couro da minha sela

sonho força da aroeira
e a liberdade da juriti
pra gastar minha lida
e escolher por onde ir

sonho sombra da gameleira
e a fartura de um roçado
recolhendo maisquerer
pro querer ser aumentado

sigo a feição do vento
aceitando o desafio
reviver cada momento
sabendo que concilio

uma canção lembrada
em aboio de voz perdida
com saudade sem lugar
enlaçada em toda vida

MQ
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2 comentários:

  1. Marcos, eu conheço o cerrado e
    todas essas coisas, apesar de
    morar tão distante dele.

    Lembro com saudade de carne e
    arroz com pequi. Acho fascinante
    o cerrado! O pequizeiro é a árvore
    mais bonita dessa paisagem,
    com as folhas de um verde claro incrível!
    Os buritis e bacuris...

    Depois do mar, da mata atlântica,
    o cerrado é o que mais me encanta!

    Adorei sua descrição!

    Grande abraço, amigo!

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  2. Jac.

    Arroz com pequi é meu prato predileto e a flor do pequizeiro tem uma beleza incrível.
    Sabe que no cerrado, num alqueire de terra, os buritis determinam se a terra é boa ou não.

    Abraços

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