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Fisionomia sumida, um quase sorriso
esquecido na boca enrijecida, mas via tudo como se as pálpebras fossem de
vidro. Podia vê-la sem disfarçar as lágrimas, insinuando-se para o amigo com o
charme da dor. Ela, tinha sido dele e de outros.
Ele, dela e de tantas outras que
vieram vê-lo durante aquela madrugada; choravam discretamente, passando a mão
em suas mãos entrelaçadas.
Uma noite especial aquela. O
sentimento reunido em cada um passeando pela inércia do seu corpo. Podia ver a
mentira escondendo-se no fundo de muitos olhos. Os amigos queriam o amor de
todas as suas mulheres que se despediam chorando, mas gesticulando
possibilidades.
Ele, na imobilidade da morte, entendeu
o medíocre nos seus olhos também. Não agüentou mais; num grande esforço,
conseguiu libertar-se do corpo.
Da porta olhou as pessoas, constatou o
falso em cada uma delas e em si mesmo. Sorriu indiferente; sua alma deu a
última olhada na mulher, nas amantes, na mais regular e saiu – foda-se – foi
beber no Bar das Almas.
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