.
Chapada do
São Marcos
bera do Ri
do Braço
Vai Vem é
afruente
entre águas
entre rios
meio de
cerrado
onde avoa
codorna
e ispanto
perdiz nos passo
na porta da
casa
bambuzá
parceiro de vento cantadô
na porta da
casa tamém
um pau
frondoso
que cumula
sombra nos embaxo
as foia
sôrta antes da frorada
e arcochoa a
sombra
pr’eu deitá
cum meu amô
se cai fror
durmida
nóis panha e
se prefuma
se cai
diurna
nóis se
farta de cheiro que nem beija-fror
teno tropa
prá tocá
nóis vai no
passo manso
mode num
cansá animá
mode tê paga
boa
corda cedo
dia sem raiá
móia os pé
no sereno
prá animá
incontrá
no pasto
pequeno
nóis campeia
eles
traiz,
arreia e vai gado buscá
Istimosa,
Paridera, Esperança, Lambari ...
às veiz nóis
passa no vau
céu vermeio
parino o sol
merenda já
tá cherano
o corpo
recrama sustança
nóis tira o
leite
aparta o
gado
e atende o
corpo cum zelo
pur pricisão
às veiz
nóis mata um
capado já chei de ingorda
aí é
festança
nóis sangra
ele antes da lida do gado
mode as muié
aprepará
a limpança,
o discarne, o retaio
fazê a
lingüiçada e as armôndega
se truveja
nas cabicera do Braço
nóis fica
preparado
água do ri
vai lambê as berada
e favorecê a
distoca
aí, é o
imborná de paçoca
a cabaça
d’água e o invergá do corpo no eito
nos ôi de
inxada cumulado na vida
o atestado
de labuta
coisa que os
calo das mão
num faiz pur
sê só dois
o da firmeza
e o da repuxa
adipois da
lida
no terrero,
em vorta do lume
cum as
istrela recamada no céu
a cheia
fazeno crarão
os vaga-lume
riscano o negror da noite
na guardança
da terra
nos calo da
mão
o cantadô
recebe a viola
e na
quietude
canta sua
dismidida querença
ah Sertão do
São Marcos
divisórias
águas do Braço da minha vida
num achei a
sabedoria de ficá
e me perdi
nos caminho de vortá
Nenhum comentário:
Postar um comentário