pareceu
agora na minha lembrança
um caso do
diabo que se assucedeu...
muitos ano
atráis
lá nas bera
do Ri do Braço
Rosinha ruim
dos peito nem ia iscapá,
famia tudo
avisado, a mãe, as irmã, as tia
puxava reza,
fazia promessa
era uma
consumição vê ela daquele jeito
benzedô num
dava jeito,
dotô só
balangava a cabeça desacorsoado
i’eu no meu
canto
me apegava
com pai de todos e nada
foi aí que
resovi chamá o dêmo
e fazê breganha
vida de
Rosinha prá cá
arma
pecadora prá lá
foi como se
o coisa ruim tivesse esperando,
de repente
Rosinha miora,
fica boa que
os dotô e benzedô num creditava
vinha de
longe prá vê
i’eu no meu
canto
isperano o
rabudo cobrá o trato
numa
tremedeira nem durmino tava
e deu-se um
tempo
desalembrei
do beiçudo
que num
vinha acertá
um dia tano
tocano boiada
só animá
pejado de brabeza
e muita
pricisão de chegá
no relance
apareceu o
vermelhão,
o ronca
quente, capeta no duro
pele
carroquenta e chifrão afiado
- vim te
buscá
- agora num
vô, tô cheio de sirviço
- trato é
trato
- tem que
isperá
- vou te
levá
- agora num
vô, tô ocupado
- ocê tratô
tem que pagá
- pagá i’eu
pago, mais tem que isperá
dipois de
muita discussão o gramulhão intestô
e bufando
veio prá riba de mim
i’eu num
devorteio
garrei o
rabo dele e dei um nó
o bichão
saiu pulando,
peidando e
cagando fidido
era bosta do
dêmo prá tudo que é lado
do Carvueiro
até a Meia Légua
ficou uma
catinga só
no rasto do
beiçudo
pulano cerca
dafeita que
o feioso nunca mais vortô
i’eu num
temo a morte pur sê coisa certa
mais arma
minha na rezança do céu
vai parecê
não
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