segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
prelúdio
- à amiga distante -
imagino-te em vestido solto
sentada numa poltrona
de meias grossas
e pés na janela
num fim de tarde frio
bebendo poesia e vinho
imagino na tua pele
tons de manhãs
e olhos orvalhados
em pertencimento
e um momento de fingido pudor
quando um verso
se aninha em teu colo
e uma gota de vinho
mancha o tecido
que te emoldura o ventre
falamos de nava...
te ouço em palavras
e canto poemas antigos
- meus versos de procura -
carregando a angustia
imagino tua embriaguez
e também bebo saudade
nas palavras sem sujeição
que espalhas por veredas
- é tua alma na minha –
em atos de amor e desejos
na esquina nova do mundo
a distancia da tua presença
toca com ternura minha emoção
para compartilhar palavras
e a intensidade dos poetas
transgressores, loucos sãos
ouço villa lobos
lembro ovalle e vinícius
e sinto saudades...
quando entrego à amiga
por dito de gesto simples
esse um tipo de amor
MQ
.
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"Esse um tipo de amor"...
ResponderExcluirLindo.
lindas palavras!!
ResponderExcluirlindo!!! adoro quando as palavras me remetem a imagens. e esse poema é só imagens!!!
ResponderExcluir"pertencimento, ternura e saudades..."
ResponderExcluirperfeito!!
Mari,
ResponderExcluirPoema muito especial para um tipo de amor.
Abraços
Lizalua,
ResponderExcluirObrigado.
Abraços
Katy,
ResponderExcluirImagens de um tipo de amor.
Abraços
Edilene,
ResponderExcluirObrigado amiga.
Abraços