Os Três Sertões...
Trouxe-me sertões o infinito;
este mar constelado de letras,
(astros exumando-me a escrita)
à pena venturosa do teu grito.
Li-o, esplendoroso arqueiro,
e aprendi a paciência de passar...
com essa trindade encravada no peito,
– três flechas de ouro
à carne consagrada do proscrito,
atravessando a eternidade.
D’água do Reino do São Marcos², bebi,
e me fartei de sangue lusitano,
e me vi embaralhando o alfabeto,
poeta humanamente desumano.
*Trilogia: Sertão de SãoMarcos: Sertão D’Água: Sertão do Reino. Marcos
Quinan. Ed. Projecto Editorial, Brasília, 2000, 2001, 2002.
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