terça-feira, 18 de abril de 2017

Fio de tempo

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Todas as metáforas conduziam suas histórias para se tocarem; o olhar de um já tinha o outro dentro, desde quando se conheceram. 

 Hesitavam, mas a atração era verdadeira, era de verdade o cuidado que tiveram. Vinham de lonjuras e entregas sentindo suas realidades solitariamente. 


 Precisavam-se e se pertenceram. ...


 As mãos, o silêncio, o beijo; a coragem e o medo conjugando a excitação, explodindo no querer inteiro. Um viço vinha misturado ao desejo, perfumando as horas.


 Entregaram-se num fio de tempo estendido imperceptivelmente entre a realidade e o sonho. 


 E ficaram em silêncio, um dentro do outro, tentando de verdade se pertencer antes que alguma saudade acordasse o momento.


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