No elenco, eram sete contratados para reproduzir suas vidas em cena.
Personagens: um manipulador, outro que usava a religião para seus logros.
O egoísta que também era um covarde. A transgressora convicta que amava um
poeta insignificante. Um que acreditava em seu passado e o usava como álibi pra
tudo. Outro, mal dissimulava sua arrogância e se dizia muito feliz.
A última não sabia quem era; nua, dançava languidamente, queria somente
ser desejada, fotografada e aplaudida.
Entre os atos, a
cortina não se fechava, a marcação ficava apenas num piscar de luzes. Nos três
minutos de intervalo, sem nenhuma caracterização, uma pessoa entrava no palco,
mudava o cenário, limpava cada canto com um espanador, parecendo querer tirar
qualquer vestígio de vida.
Era o único que
estava representando.
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