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Penso nas nuances
No branco que não é bem branco
No vermelho que desbotou
No azul que às vezes me parece verde
Só me compreendo nas gradações infinitas
Nas variedades intermináveis de tonalidades e matizes
As diferenças delicadas me explicam
Sobrevivo no limiar entre a força e a doçura
E a minha alma vive nas intermitências
do que é e o que parece ser
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