segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Antigo Aeroporto de Brasília


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Os jardins internos

Continham o cerrado

Plano de pequenas arvores

Cascas grossas, suberinas

Retorcidas

Onde gramíneas eram pedras

Simbolizando os grandes

Períodos de secura

 

Os jardins internos

Nos meus moços olhos

Primeiro encantamento

Primeiro vôo

Diziam a terra onde nasci

Emoldurada entre vidros

Para o olhar anônimo

Colher descampados

E silêncios

 

Dos muitos jardins internos

Que meus olhos olharam

Este, pouco lembrado

O que mais significou

 

Esculpido na memória

Tal qual se desenhou

Burla sempre o descaso

De quem os desmanchou

 

 .

 

 

 

 

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