quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Água tremulando
.
Da forma que reconto
O jeito que ouvi contar
Sofreando aqui e ali
Pra ninguém se assustar
Vinha pelo alagado
Tocando dez montarias
Quatro éguas, seis cavalos
Cansados de muitos dias
Viu na água tremulando
O rasto que não havia
Animais se assustando
No silêncio que fazia
Pensou sucuri ou jibóia
No triz de tempo restado
Antes que a criatura
Atacasse todo lado
Veio nuns rodopiados
Pulando em todo lugar
Surgiu dentro dum estrondo
Fez tudo dilacerar
Só o vaqueiro restou
Quase inteiro pra contar
Mesmo ausente da perna
Inda teima em montar
Seu caso ficou falado
Tanto aqui como por lá
No alagado se for
O serviço de passá
Se ver água tremulando
Num silêncio de apertar
Larga tudo sai correndo
Procura aonde chegar
“Amarrei o cipó timbuí
Escondi a ponta do nó
Esperei para ver o que vi
Visagem chorando dó”
MQ
.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário