segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Ladainha de batição

Erê! Cadê meu laço
Balança do meu arreio
Amarrado à garupeira
Levo frito-de-vaqueiro

Vasilha de arubé
Careço desse tempero
Acordo de madrugada
Ipadu tomo em primeiro

Sem destorcê o rumo
Assim faço a batição
Separando gado fino
Recolhendo barbatão

Catana já foi coado
Merecendo o ferrão
Brabeza num chifre só
Nesse boi não falta não

Ligeira solto depressa
O relho percorre o vão
Protejo meu cavalo
Evitando um esbarrão

Gado bravo eu trago
À corda de um a um
Respeito valentia
Meu medo é de nenhum






“Erê! Eu sou das águas
Conheço cada balcedo
Erê! Eu sou dos campos
E vivo sem segredo”




MQ

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