quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Campos do Marajó



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Nos vapores matutinos
Dos campos do Marajó
Em mondrongos vitalinos
Ou dentro dos igapós
Em lagoas e banhados
Onde o ser não vive só
Entre a cheia e a vazante
Trançados como filó
Moram tantas criaturas
Parecendo muitas mós

Sobrevoa o jacamim
Vigiando o repiquete
Na terra qualquer raiz
Sabe fazer o banquete

Taoca se põe em fila
É viva cada semente
Turu faz sua trilha
No podre à sua frente

Bandos de guarás revoam
Por rente a mamorana
Jaburus saem pra pesca
Vaqueiro canta tirana







“O tronco é de fazer casco
O cipó é de amarrá
Da palmeira só descasco
Folha que passa luá”



MQ

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