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Quando tua boca vadia me percorre
Macia, molhada, sedutora
Um deus nasce em volta
Sem saber se explicar
Tão sem rumo o coitado
Nem sabe pra onde olhar
Se as mãos, se permitindo
Se os olhos, vazios de medo e dor
Ou se o arrebatamento
De dois corpos em um só
Implora, quer a beleza
E a liturgia da intensidade
Que seu credo quer negar
Prepara tanta razão
Para o silêncio desmanchar
Que finge até segredos
Mentindo para vendar
Quando teu desejo sem pudor me envolve
Lânguido, libertário, sedutor
Nasce dentro da minha carne
O ser sem deus que é o deus da tua carne
MQ
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quinta-feira, 26 de abril de 2012
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Lindo, viu!
ResponderExcluirE não são versos ateus nem pagãos.
São de pura celebração!
E os 'deuses' só podem estar de acordo!
Abraço.
Sim Jac. são de celebração.
ResponderExcluirTe abraço