terça-feira, 24 de abril de 2012

MARIELZA TISCATE - NUNCA AGORA




Ontem eu poderia ter pensado
Essas raízes aqui servirão para que mesmo?
Eu as quis tanto
Que não farei questão de saber
Para que estarão nascidas
E aonde foram tão fundo como se eu lhes pertencesse?

Quanta coisa não acharei amanhã
Porque pintei a raiz da história e fiz desenhos meticulosos nela
Com prazer lento
Como se só isso me bastasse:
Estar para existir!

Meu tempo todo perguntará
-Eu sei –
Se eu podei
Se eu cortei
Se arranquei ou não
O que tinha de ser assim.

E se além de tudo
Além daquelas coisas distorcidas e profundas
Existirem asas e céu?
Talvez haverá
Mas eu não saberei

Enquanto agora
For sempre ontem
 


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