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Enversado
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Recorrências e meizinhas
Desmisturadas se misturando
Ao que conduz a alma
Jeito febril de ser na vida
Descrente dos óleos curativos da fé
E da luxúria do menos real
A paixão é solavanco
E o amor não é mansidão
Como lâminas o enversado
Corta as carnes e o oco do mundo
Côa o sangue do sentidor
Estradas dormem
Como raízes
Fincadas nos caminhos
Que poderiam ser esquecidos
Sonho é para não se viver
No fingindo viver
O significado gasto das palavras
É enlevo de réu
Sentenciado para o jeito da tristeza
Condenado para o instante
Parecer o sonho inteiro
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MQ
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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
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