terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Porto Velho


. 

 

Esturro silencioso

Esbanjando rebojos

Perfumando o ar

Vestindo a mulher ausente

Que na lembrança mora

 

Madeira desce madeira

Despe meu olhar

Fincando nos olhos

A imensidão

Ferindo o tempo

Da minha angústia

Limpando as terras caídas

Que tenho no coração

 

Segue, segue...

Em harmonia, ramaria

Bracejando lentas

Entre estridor

E raízes gemendo

Incendidas de embriaguez

Dançando nos cantos das margens

 

Revejo o Madeira

Descendo madeira

Emoldurando em seus mistérios

A sensual mulher ausente

Bramindo curvas

No desenho do pensamento

Entre meu olhar e o rio
 
 
MQ
 
 
.

Nenhum comentário:

Postar um comentário