para angélica torres
bebo
saudade
nas
tuas mãosque lavram
a angústia das palavras
com tanta lucidez
bebo
muita saudade
nelas
duassedentas e generosas
negadas na severidade
do tempo
em desencontros
irmã do mesmo
encanto
barro e versos
estorcidos
no eito da procura
rastos de nossa
carne e alma
apodrecendo
a todo momento
mas parindo
dia após dia
a dor da poesia
brindo ao nosso encontro
amiga bem-vinda
com a aguardente
abraço do braço
da minha emoção
e as mãos cristalinas
e inconsoladas
dos poetas sem medo
MQ
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário