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Há verões dentro da alma
que acordo um furacão
a revirar-me por dentro
Há invernos tardios em mim
outonos hostis e silencioso
se primaveras frias e sombrias
Eu surpreendo sempre as estações
Vivo um eterno me cobrir de folhas
e perdê-las
Mas são os sonhos que amadurecem agora
Chove e há um murmúrio
um lamento de folhas que caem
é outono lá fora
Os dias o vento é que leva
A alegria já não senta nas calçadas
Mas a claridade das manhãs insiste em rondar minhas vidraças
Acordo com o canto alegre de cigarras
Vou fazer de conta que amores e flores
não se foram como pássaros assustados
E porque ainda há folhas nascendo
e o desencanto eu tranquei em meu porão
vou fechar a minha porta pra não entrar a solidão
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VEREDAS - http://jacrizzo.blogspot.com/
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segunda-feira, 15 de junho de 2009
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