.
Uma sonhava com limpidez, estar inteira, sem meias palavras expondo, nua, seus segredos e prudências. Comparecia sem liturgias, escolhia a linguagem para se expressar e olhava a conveniência de longe, almejava viver na pessoa, seduzir e contaminar.
A outra calculava cada passo e andava com muitas alternativas nas mãos, soltava seus interesses e queria servir qualquer conveniência. Vinha em rituais sofisticados de improvisação e colocava-se à disposição da pessoa.
De verdade, nunca se confrontaram nos mesmos seres; para esses, cada uma tinha sua decência e eles, suas necessidades.
Assim a Verdade e a Mentira, duas senhoras muito antigas, sobreviviam sempre.
.
MQ
.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário