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À FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DE MACAPÁ
I -
Âncoras ao rio!
Gente ao calabouço!
Grilhões cavando corpos
em busca de ossos
ainda ouço.
Ouço o baque seco
do aço ao osso – o eco surdo,
o gemido úmido
do índio e do caboclo,
o grito
de dor do quimbundo,
e o choro da África
ao monstruoso aborto.
Ouço a corte
assassinar os nossos,
a foice trabalhar o corte,
o aço ao osso – ouço a morte.
O sangue
gotejando ao calabouço,
marca o tempo do remorso!
Soluço
de um fantasma moço.
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sábado, 25 de julho de 2009
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