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Tinham gastado todas as metáforas, conduzindo suas histórias para se tocarem; o olhar de um já tinha o outro dentro, desde quando se conheceram.
Hesitavam, mas a atração que sentiram era verdade, era de verdade o cuidado que tiveram. Vinham de lonjuras e entregas sentindo suas verdades solitariamente.
Precisavam ter cuidado, mas tinham que se tocar, tinham que se render. Um viço vinha misturado no desejo, perfumando as horas.
As mãos, o silêncio, o beijo. A coragem e o medo conjugando a excitação, explodindo no querer inteiro.
Entregaram-se num fio de tempo estendido imperceptivelmente entre a realidade e o sonho.
E ficaram em silêncio, um dentro do outro, tentando de verdade se pertencerem antes que alguma saudade acordasse o momento.
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MQ
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quinta-feira, 23 de julho de 2009
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