quinta-feira, 9 de julho de 2009

ENTREATOS - A dançarina

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Saiu da festa depois de ter bebido todas, cheirado muito. Perambulava sem destino, bebendo e ouvindo música.


Parou na loja de conveniência, comprou mais cerveja e, quando ia abrindo a porta do carro, notou a mulher. Pareceu assustada, vindo em sua direção. Alta, magra, bem-vestida e com um pequeno ferimento no lado esquerdo do peito, de onde saía um filete de sangue escorrendo pelo vestido branco.

Ao chegar mais perto, reconheceu ser a bailarina que vira dançar no Corpo de Baile do Teatro no início daquela noite, mas não viu mais o ferimento nem a mancha de sangue.

Confuso, esperou que falasse alguma coisa quando chegasse perto. Ela pediu apenas para aumentar o volume do som e começou a dançar em volta do carro.

À medida que ele a observava, fascinado, sentia tudo girar e a música penetrar em seu corpo. Ela dançava e ele rodopiava em volta de si mesmo, acompanhando a bailarina com o olhar.

Sentia o sangue procurar todas as direções, a boca seca, o corpo queria outros espaços, estava em êxtase.

As pessoas curiosas que presenciavam, viram quando ele quebrou a garrafa e cravou os cacos no lado esquerdo do peito.Tentaram estancar o sangue que escorria, mas foi em vão.

A visão da dançarina de branco tinha sido sua overdose, estava morto no chão.

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MQ
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2 comentários:

  1. Tenho gostado muito das suas
    histórias postadas aqui!
    E ando encantada com seus livros
    'O povo do Belo Monte' e
    'Oração de floresta e rio'!!

    Te abraço carinhosamente, amigo
    de alma grande e bonita!!

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  2. Jac.,

    Obrigado querida amiga, bom saber.

    Te abraço.

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