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A
chula marajoara
Ressoando
pelas margens
Embalou
braço de rio
Pras
lagoas deu aragens
Fica
muito pra
cantar
Tantas
partes dum momento
No
viver de cada
olhar
Envinha
de lá pra
longe
E
contar minha história
Sou
menor do que
a vida
Se
foi antes de eu
chegar
Na
morte dela que
vim
Sou
nascido de um findar
Fui
criado pela
lida
Na
presença do meu
pai
Cavalguei
sua desdita
Na
tristeza afogado
Numa
mão lavrei um
remo
Na
outra trancei um
laço
A
canoa fiz no braço
Laçando
fui coragem
Remando
chorei baixinho
No
rumo da minha
margem
Pelas
águas fui crescendo
Recebendo
o encantado
O
tanto de ser amado
Encantei
moça donzela
Foi
em volta
do patrão
Virei,
sendo, seu ferrão
“Eu sou balanço
O meu cavalo é maresia
(*)
(*) Domínio Público Adaptado
.
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