domingo, 7 de abril de 2013

RETORNO DA JANGADA



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O tronco da timbaúba

Vazou primeiro do mar

O mastro veio sozinho

Parecendo querer nadar


Tranca esparramou na areia

Bulina sem seu encaixe

Com o remo veio parar

Na praia mostrando a face


Samburá num supetão

Barrica rolou, volteou, parou

Depois da cuia, caneca

E macete ali quase afundou


Enganchados no banco de vela

Do governo desgovernando

Veio a barrica da farinha

Vazada de lado a lado


Envolto na vela branca

O corpo de Zé Amado

Chegou no findo do dia

Veio na onda carregado


Nos olhos de Sá Milica

Um claro d’água brilhou

E no olhar de sua gente

Viu-se quanto o mar calou

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MQ
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