sábado, 1 de agosto de 2009

MARI MARI - ECOSENTIDO

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Falar sobre a terra
Texturas,
Perfumes
História...

Pisar a terra
Sentir sua existência
Compreendê-la na pele
Elemento a elemento
Ouvir os lamentos
Desabafar os seus
Falar de água
Potenciais e belezas
Citar rios e mares
Cachoeiras, temporais...

Banhar-se no córrego
Em dia de sol à pino
Vestir de água seu corpo
Ser fluido e fluir
Evaporar para o céu
E cair
Em gotas sobre a pele-terra

A terra que chama a água
A terra que pede chuva
A terra que pariu vida
Inseparável da sua

Teorizar sobre verdes
De plantas, matas e árvores
De flores
E de frutos...

Ficar ao vento
Enverdecer aos poucos
Trajetória de semente
Na terra
A terra que é pulsante
Dentro de sua pele
E que tem sede
Clama por água
Porque sente e precisa
Porque vive a razão

Falar do sol, astro rei
Capitão dos céus
Relatos de importâncias
E de suas distâncias...

Brilhar o sol nos olhos
Fazer do coração dourado corpo
Rei das sabedorias
Senhor das coisas sem palavras
Cor da palavra falada e escrita
Calor correndo em veias
Nos pelos eriçados de atenção
Ouvidos em silêncio atinando
Para o chamado das sementes
Recém formadas
No centro da vida

Há uma grande diferença
Morena, verde , dourada e líquida
Entre fazer teoria da coisa
E sabê-la inteiramente
Ecosentida


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4 comentários:

  1. POETA ZÉ DE LOLA disse...

    POETA ZÉ DE LOLA:

    POESIA:
    CONVERSANDO COM OS PÁSSAROS.

    I
    Mim diga o motivo
    Conseqüência ou razão
    Algum crime eu pratiquei?
    Ou serei algum ladrão?
    Se não sou um delinquente
    Mim diga aí seu demente
    Por que estou na prisão?
    II
    Existem organizações
    Pra cuidar dos animais,
    Mas permite uma licença
    Veja só o que se faz
    Você paga um tostão
    O bicho vai pra prisão
    Não se solta nunca mais.
    III
    Não há motivo qualquer
    Que possa justificar
    Tirar nossa liberdade
    Que a natureza nos dá
    É uma grande covardia
    Praticada dia a dia
    Quando isso vai parar?
    IV
    Ninguém por preço nenhum
    Quer que viver engaiolado
    Até mesmo um criminoso
    Contrata um advogado
    Pra fazer sua defesa
    E às vezes com sutileza
    Ele sol um culpado.
    V
    “Coloque-se” em nosso lugar
    Use sua consciência
    Fique preso numa gaiola
    Faça uma experiência
    Pra burrice tem limite
    Por que você não admite
    Essa sua incoerência?
    VI
    O pássaro vive feliz
    Em seu habitat natural
    Os homens ignorantes
    Que gostam de fazer mal
    Tira sua liberdade
    E esta imbecilidade
    Eles acham que é normal.
    VII
    Se eu fosse funcionário
    Da defesa ambiental
    Ficaria muito triste
    Por ver como é natural
    O crime que é praticado
    Como está sendo depredado
    O nosso reino animal.
    VIII
    Oh! Como seria bom
    Que o homem se ligasse
    Respeitasse a diferença
    Que existe em outra classe
    Depredar a natureza
    É uma indelicadeza
    Seria bom que mudasse

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  2. Márcia,

    Que bom que gostou, a Mari é também minha parceira.

    Abraços.

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