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Eles escapam da tela
Em silenciosa agonia
Esgueiram-se, tentam saltar
Rever da vida as cores
Derradeira luz do dia
Querem contar, sem rancores
As coisas daquele lugar
Os sonhos desfeitos e amores
Com espátula ciosa
Minha missão é libertar
Sou tal qual uma parteira
Que gerencia o tormento
Desse estranho nascimento
Tão difícil de explicar
Ao mistério estou atento
E suas muitas vozes ouço
Surge-me a frente o esboço
Vejo os olhos que não mentem
Faço parte do processo
De trazer do além, dispersos
Os fantasmas e o que sentem.
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quinta-feira, 6 de agosto de 2009
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