terça-feira, 18 de agosto de 2009

JAC. RIZZO - A felicidade é como a pluma...não consegue pousar

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Sonhava, quando menina,
com mundos mágicos,
onde ser feliz era uma lei!
E os sonhos brotavam do chão
como morangos maduros, prontos para serem colhidos!

Tudo era tão possível e tão ao alcance das mãos, que
bastava respirar fundo para que a felicidade surgisse
e inundasse a vida, iluminasse todos os desejos!
Com o tempo fui aprendendo sobre as ilusões.
Nada sabia delas. foi um longo aprendizado.
Aos poucos e tristemente, fui compreendendo
que não bastava querer loucamente,
era preciso fazer acontecer.

Descobri que não possuia 'super poderes'!
A vida tinha de querer junto comigo.
Mas ela quase nunca queria no mesmo momento.
Muito depois, ela trazia, numa bandeja enfeitada
de flores e perfumada, o meu desejo antigo e tão
ardentemente esperado!

Muito tarde... e a vida, descobria eu, nunca é boazinha.
Ela é uma moça cheia de caprichos e 'birras'.
Ela se dá, mas só depois de percorrer muitos caminhos.
Depois de se esconder e se fazer de sonsa e se valer de
subterfúgios e nos dizer 'talvez', muitos 'talvez'!
Estranha e 'manhosa'. Evasiva, cheia de ardis.

Dissimulada é a vida!

E quando percebe que enfim desistimos, vem correndo
com o nosso sonho e o joga em nosso caminho.

Mas já é outro instante, outro sonho, outro desejo!
Então, muito desapontados, tomamos aquilo
que perseguimos há um tempo atrás, com tanto
interesse e paixão, e não sabemos o que fazer com ele,
onde o colocamos.


E como um inútil e desbotado objeto, o levamos para
a nossa imensa galeria de encontrados e perdidos.
O depositamos com cuidado, em uma prateleira, e
lá o deixamos para sempre!

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Jac. Rizzo - VEREDAS - http://jacrizzo.blogspot.com/

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