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Estou envolta num redemoinho de pensamentos e desejos, ora ternos, ora devassos, ora ingênuos, ora maliciosos...Estou no olho de um furacão de sensações, contraditórias ou não. Sensações.
Inútil lutar contra a correnteza da expectativa. Ela me arrasta, me leva não sei pra onde, mas em algum lugar sei que vou desaguar. Em águas tranqüilas ou em mar revolto. Não importa. Estou à deriva. Deliciosamente, à deriva.
Que dias há que n’alma me tem posto, um não sei quê, que nasce não sei onde, vem não sei como...Camões, incompleto. A dor não cabe aqui. Não dói.
Não quero definição, não quero explicação, não quero exatidão. Quero o inesperado, o inexplicável, o inexato. A plenitude do momento. Sem lógica ou razão. O mistério me excita, me fascina, estimula. E então, fantasio ser capaz de reconhecer o mistério do anonimato na multidão, percebendo o olhar e o sorriso de um rosto desconhecido.
Não vou fragmentar meus anseios. Muito menos, silenciar meus pensamentos. Não quero determinar, quero dispor. Não quero saber ou fazer o que é certo. Quero a delícia do incerto e o benefício da dúvida!
Quero fluir no teu corpo, penetrar teus poros, desnudar teus pensamentos obscenos. Quero você. E nos músculos exaustos do teu braço, repousar frouxa, murcha, farta, morta de cansaço...Chico cabe aqui. Perfeito. Como esse momento.
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NICE PINHEIRO - http://www.nicepinheiro.blogspot.com/
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