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a palavra acorda dentro da gente
quer sair espontânea e livre
do fundo da mente
e nem sempre a gente sente
então ela percorre o corpo
inquietando os músculos das costas
agoniando as falanges dos dedos
num estalar dormente
faz revirarem os olhos insolentes
não pergunta que horas são
invade a quietude da madrugada
abrindo no sono um clarão
não respeita o silêncio da noite
faz despertar das quimeras o coração
palavra doida sem limite
agonia da expressão
avilta do papel a branquidão
quer sair de qualquer jeito
lanterna de foco
caneta na mão
desliza no leito macio
da folha nova
onde sem ela
habita a solidão
por letra cai azulzinha
grafando o que dá na
o pra sempre do peito
até regressar a mansidão
.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
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