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Toada Inacabada
(Marcos Quinan / Joãozinho Gomes)
Vou pelas nota intermitente da toada
E peço lhes sua licença
Presse caso inacabado
De nome sou Zé Cirino dos Amado
Larguei-me pelo mundo dentro ao fundo, fora o raso
Um dia pelas tanta dum dumingo inda estrelado
A fruta do meu peito pelo centro e pelos lado
Dedica-se a Sá Deusdete
Deusa santa bicho irado
Meu coração cuja paixão lhe foi negada
Havera de pulsar vazio, mesmo sangrado
Queixei-me a Sá Deusdete
Magoando e magoado
E assim parti desiludido e definhado
E pelo mundo noutras terra doutro lado
No meu delírio torturante e torturado
Diz Sá Deusdete
Sou-lhe inteira
Viu Cirino meu pecado
Avuliei meu pensamento apaixonado
Mãos de saudade enlaçavam o corpo amado
Ardente em carne, fogo e cor
Assim fincado
Na memória desse caso entoado
Mais pra beleza linda e lesa
Dos dois lados
Se encontre Sá Deusdete
Como assim estou achado
Adeus de nada que também me tenho estrada
Mas deixo-lhes contada em casca e dor, nessa toada
Que é a lança do destino em mim cravada
Pois ao seu inteiro dispor
Sou Cirino desamado
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Arranjo – Fernando Carvalho
Voz – Jean Garfunkel
Violino – André Cunha
Viola – Ivan Zandonade
Cello – Saulo Moura
Violão Nylon – Eudes Fraga
Viola de 12 Cordas– Fernando Carvalho
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