domingo, 18 de outubro de 2009

INVENÇÕES

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O que não te posso dar
Em todas as horas de viver
Dou-te assim, no pensamento

O corpo de outras mulheres
Ainda me lembro, era o teu
A voz de todas elas
Eu sei que era a tua
O olhar, se as amei
Só poderia ser o teu

A ti pertence o pensamento
Deslembrando o tempo
E as vezes que morri
Antes de te reconhecer

Mando as horas pra frente
E te dou vivido, o que sou
E o que finjo e finjo tão bem
Que sou a mentira me crendo real
Em todas as horas de viver

Dos momentos antes de te conhecer
Até os instantes, os últimos que vou ter

Também te invento inteira
No meu pensamento
E te imagino minha e verdadeira
Para jamais esquecer


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MQ
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4 comentários:

  1. Achei tão lindo...
    Vou escrever um texto sobre
    ele e colocá-lo no meu blog.
    Sabe, ele me lembra um poema
    da Cecília Meireles...

    "Foram montanhas? foram mares?
    foram os números...? - não sei.
    Por muitas coisas singulares,
    não te encontrei."

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  2. Obrigado Jac.

    Vou ficar muito feliz.
    Conheço o poema da Cecília e gosto muito.

    Abraços

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  3. oi, você me adicionou no twitter. gostei muito do blog :)
    virei sempre!

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  4. Fernanda,

    Sim add, e será sempre muito benvinda aqui.

    Um abraço.

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