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Boi Selado do Lago Guajará
Ele vem pelos campos enluarados
Das noites encantadas do Guajará
Arqueado e sorrateiro sai das águas
Carregando no dorso o mal que há
A peste, doenças e cada façanha
Vivendo dentro do olhar que dá
Quando esparrama gado manso
Que em qualquer cercado está
Devolvendo a braveza de animal
Livre em qualquer balcedo que vá
Aumentando o tamanho da criatura
Que é natural solta mais acolá
E tanto mal que ruminam e juram
Que traz no dorso de dentro de lá
Não são mais que invenções e loas
Que esparramam nos lados de cá
“Sucuriju perde o caminho
As onças fogem de medo
Ninguém pode chegar sozinho
E nem perto do seu segredo”
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MQ
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sexta-feira, 30 de outubro de 2009
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