terça-feira, 7 de abril de 2009

ACASO

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Quando te vi, escrevi desejo
Com os gestos que imaginei
Saltar da tua imagem

Quando te revi, o desejo reescrevi
Com a sensualidade das palavras
Que roubei do poema

Quando te encontrei, bebi tua voz
E embriaguei meus sentidos
Para entregá-los aos teus

Quando te beijei, misturei
Teus poemas nos meus
E bendisse o acaso

Quando nos tocamos
Decerto algum deus inexistente
Existiu de verdade
E sorriu reticente
Ao ver nossos corpos
Rimando vontades

MQ

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4 comentários:

  1. Sabe quando a poesia é só emoção...
    Essa é como uma lança que perfura,
    sangra, chega no coração!

    Linda, querido Quinan!
    Muito linda!

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  2. Sentada
    No fundo da palavra
    Olhando para fora do livro
    As pessoas passam
    Os minutos correm
    As palavras ondulam
    E fazem algum sentido
    Mas eu
    Que não pensei em sentidos
    Sento por aqui
    E sei que há de vir
    Um lindo entardecer
    Ocaso...

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  3. Mari,

    Os sentidos sempre estarão juntos, mesmo negados.

    Te abraço.

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