quinta-feira, 24 de setembro de 2009

SARAU DA CONFRARIA TUCUJU NO FORMIGUEIRO - MACAPÁ

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Sarau da Confraria revive Isnard Lima e tem Adriana Raquel e Os Cometas

Última sexta-feira do mês é data marcada para o Sarau do Largo dos Inocentes, projeto da Confraria Tucuju que leva mostra da diversidade cultural do Amapá para o centro histórico da capital, Macapá. Nesta sexta (25), o sarau homenageará o poeta amazonense Isnard Lima, que viveu no Amapá até sua morte em 2002. Como atrações musicais haverá shows de Adriana Raquel na abertura e da banda Os Cometas no encerramento.

O Sarau se consolida como oportunidade de exposição e comercialização dos produtos da cultura como artes plásticas,fotografia, patrimônio imaterial, poesia, literatura, artesanato, CD, DVD e comidas típicas. Os artistas podem participar livremente, bastando apenas entrar em contato com a organização do evento na sede da Confraria, localizada na av. Mendonça Furtado, 100, Largo dos Inocentes, atrás da Matriz de São José.

Isnard Lima
Isnard Brandão Lima Filho chegou ao Amapá em 1949, vindo de Manaus. Era filho do prestidigitador Isnard e da professora de música Walkíria Lima. Poeta, advogado, boêmio e místico, nasceu no dia 1º de novembro de 1941 em Manaus. Publicou Rosas para a Madrugada (poemas, 1968) e Malabar Azul (crônicas, 1995) e publicou centenas de crônicas e artigos na imprensa.

Faleceu no dia 11 de julho de 2002, deixando pronta uma coletânea poética intitulada Seiva da Energia Radiante, onde reuniu toda a sua produção, iniciada em 1966 e que está em processo de publicação pela APES e Secult. Um livro de memórias ficou inacabado. Sua produção literária é considerada de grande qualidade tanto pelo público como pelos especialistas”. (Texto de Paulo Tarso Barros).

Os Cometas
O grupo musical Os Cometas nasceu sob as bênçãos de Mestre Oscar Santos, entre alunos da antiga Escola Industrial. Sua primeira formação data de 11 de abril de 1962 com os seguintes integrantes: Roberval (bateria), Walfredo (bateria e vocal), Pedrinho (guitarra base), Luis (contrabaixo), Assunção (trompete), Espíndola (sax), Sebastião Mont’Alverne (guitarra solo), Ricardo Charone (piano), Joacy (cantor), Nando (cantor), Célia (cantora), Muscula (percussionista) e Aimoré (piano). Passaram pela banda ao longo do tempo Nonato Leal (guitarra), Gato (guitarra) e Dom Pedro (guitarra base).

Nas décadas de 1960 e 1970 os grupos musicais eram denominados de conjuntos e Os Cometas inovaram a cena dos bailes e shows introduzindo instrumentos de sopro e eletrônicos. Tocavam nos espaços e clubes mais tradicionais como Piscina Territorial, Esporte Clube Macapá, Assembléia Amapaense, Amapá Clube, Sede do Trem, Santana Clube, Independente Esporte Clube e Manganês Esporte Clube.

Sucesso, casas lotadas e muitos fãs durante mais de uma década. Então, veio a longa interrupção a partir de 11 de abril de 1978. Quase três décadas depois Os Cometas ressurgem em 2004, matando as saudades da geração que passou a juventude dançando e amando ao som do conjunto. A nova formação traz Walfredo, Zé Paulo, Pinto, Edilson, Espíndola, Eliseu, Nando e Humberto Moreira. No repertório a música popular dançante dos anos de sucesso da banda.

Adriana Raquel
Artista de muitas facetas, Adriana Raquel é paraense, estudou artes plásticas, francês e balé. Durante cinco anos estudou violão popular na Escola de Música Walkíria Lima. Sua primeira experiência como vocalista foi com a banda Brilho de Fogo, por um ano, quando recebeu prêmio de Cantora Revelação da Ordem dos Músicos do Brasil, secção Amapá.

A partir dessa experiência decidiu-se por carreira solo e gravou seu primeiro CD, Minha Flor, com canções próprias e de outros compositores do Amapá como Zé Miguel, Cléverson Baía e Alan Gomes.

No sarau da Confraria Adriana fará o show Amapalizando, onde mistura vários ritmos, valorizando o marabaixo. Traz também os ritmos populares do Brasil como o samba e o pop. Com muita percussão, o show acústico tem músicas inéditas da cantora e compositora e de grandes nomes da música da Amazônia, como Eliaquim Rufino, Osmar Júnior e Zé Miguel.

Márcia Corrêa – Jornalista
Confraria Tucuju

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