quarta-feira, 2 de setembro de 2009

MARISA (A)PENAS

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D E S A B A F O




Coisas de gente:
mãos trêmulas,
respiração ofegante,
aflição crescente.
Como seguir adiante?...
Se me dói o corpo
cansado que envelhece
de forma assustadora
num ritmo que entristece?...

Uma batalha surda
contra tudo que me cerca
envolvida nesta turba
de impulsos que não prestam
a não ser para agitar
profundas e lodosas águas
da minh’alma a gritar
suas infindáveis mágoas...


Gostaria de estar em mármore
esculpida ou lapidada
não sentir, ficar estática
só, de estátua, a condição
inerte, sempre calada...
Seria algo, sem discussão
mesmo atirada ao nada...
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