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Os dois eram medíocres, inseparáveis no convívio e nos conflitos; o amor era, o ódio também, um e outro conviviam com outras diferenças e se precisavam.
O egoísmo ora se juntava com o amor ora com o ódio. A coragem, totalmente malvista, nunca se despia totalmente para nenhum deles.
Vaidosos, cuidavam muito das aparências; disfarçavam, maquiando o rosto da harmonia e tinham cuidado em instigar, afagar o perdão; de todos, era o mais casmurro e falso. Anotava tudo para pequenas chantagens futuras.
A compreensão, coitada, bem que se esforçava para explicar as razões de um ao outro, nunca conseguia. A mentira freqüentava a cama dos dois, lânguida e metida a discreta.
O desejo só se aliava a eles juntos, libertário, imediatista e despudorado. Era o único que conseguia verdadeiramente equilibrar o que do outro havia em cada um.
Promíscuos, inseparáveis e medíocres com suas alianças temporárias, seus instantes de trégua e dissimulações, viviam na guerra sem fim que mora dentro dos seres.
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MQ
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quarta-feira, 13 de maio de 2009
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Insuportavelmente verdadeiro... às vezes... quase sempre...
ResponderExcluirMárcia,
ResponderExcluirSim, sim, sim...
Abraços.