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A primeira sensação foi de muita frieza; gelou e pode sentir o sangue correr mais rapidamente pelas veias. A boca ficou seca, a atenção mais aguçada e a coerência com o momento o tomou.
A praça deserta, a noite queria ação, uma mulher o esperava no bar. Tinha muita pressa, estava sedento. Precisava.
Olhou para os lados, apontou para o peito do passante que esboçou uma reação até ver a arma. Titubeou e levantou as mãos como nos filmes.
Silêncio, não conseguiu falar por alguns segundos; viu a pergunta no olhar da vítima perplexa. Reagiu fazendo um movimento para baixo e para cima com a mão armada.
As palavras não saíam, era seu primeiro assalto. O outro não tinha nenhuma experiência, também sua primeira vez. Foi tirando a carteira, o celular, o tênis, onde colocou tudo que tinha no bolso, olhando interrogativamente.
O assaltante, nervos de aço, num grande esforço, conseguiu articular a frase inteira:
- Cara, só quero os seus sonhos.
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MQ
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quinta-feira, 28 de maio de 2009
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