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I
DESENCANTO
Cravaram o germe do desencanto no coração de meu sonho
Cortaram sua garganta
Calaram seu canto
Arrancaram suas penas
Apagaram suas cores
Quebraram as asas de meu sonho
Quebraram as asas de meu sonho
Quebraram as asas de meu sonho.
II
FONTE INFECUNDA
Meu sonho envelheceu
Coberto de poeira
Já não sorve vontades
Já não inventa verdades
Já não sopra versos
Já não acende verbos
Meu sonho padece de desencanto
É fonte infecunda
Que seca
Seca
Seca
III
CLAUSTRO
As ausências comeram minha vontade
Comem
Lentamente
Meu presente
Certamente
Comerão o meu futuro
As ausências
Comem meu desejo de desejar
Meu sonho de sonhar
Resta-me o claustro do Passado
A opressão
De suas Quatro Paredes
De suas Quatro Estações
De suas Quatro Grades Cardeais
Wanda Monteiro -http://www.wandabenedictmonteiro.blogspot.com/
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segunda-feira, 21 de março de 2011
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