quinta-feira, 26 de março de 2009

TERCEIRA COMUNICAÇÃO CODIFICADA

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Para Joaquim Barp Quinan
E Francisco Barp Quinan
Do avô-menino

Danou-se tudo
No mundo quando
Inventaram o que move
O inventar
Tem um tal de dinheiro
Coisa mais esquisita
Era uma pedra
Virou num metal
E hoje um papelzinho
Mixuruquinho de nada
Mas já tem uns outros
Jeitos deles movimentar
Um quadradinho de plástico
Que quebra só de olhar
Mas tem uns números
Escondidos pra quem
Sabe descodificar
É o que dá validade
Na quantidade que se
Quer trocar
Uma laranja
Vale um desses dinheiros
Mas a outra vale não
O povo que põe roupa
Na liberdade, coitada!
Esquece o jeito duma laranja
Quando vê outra
E vão inventando o que
Move o inventar
E é uma multidão tão grande
Que vai sendo triturada
No moinho do inventar
Que a liberdade devia se rebelar
Andar só nua
E ser de um jeito só
Para todos
Tanto aqui quanto acolá

MQ
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2 comentários:

  1. ...Desinventar a invenção
    Rebelar e apenas voltar
    Para aquele lugar quentinho e livre
    De onde nunca , mas nunquinha mesmo
    Deveríamos ter saído.
    Quem começa?

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  2. Cristina,

    Rssss... gostei do seu radicalismo.

    Bjos

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