quinta-feira, 12 de março de 2009

CRUZEIRO DO NORTE

.

estão lá
sem simetria
nem ereto
nem deitado
o traço das estrelas
está nu
e crucifica o olhar
que na noite
quer o norte
são no quadrante
luminosos pontos
que entregam à noite
seus sinais
sem cruz
que ensina os caminhos
em gestos
de luz

MQ

6 comentários:

  1. Olhavas a noite pela janela do alto, fumando um cigarro... Que lindo poema.

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  2. "Quando olhares o céu de noite, porque habitarei uma delas, porque numa delas estarei rindo, então será como se todas as estrelas te rissem! E tu terás estrelas que sabem rir!
    (...)
    Tu explicarás então: "Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!"

    Magnífico você!!!

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  3. Lindo!

    Tu também sabes ouvir
    e entender estrelas!!

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  4. Márcia,
    Olhava a noite de uma sacada de primeiro andar, fumava um cigarro e certamente pensava em alguma pequena revolução.
    Obrigado.
    Abraços

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  5. Edilene,

    Saint-Exupéry...
    Acho que você me deu seu endereço!
    Rss...
    Obrigado.
    Te abraço.

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  6. Jac.

    Mais ou menos.
    Vez ou outra me atrapalho ouvindo e entendendo vagalumes como se fossem estrelas.

    Te abraço

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