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Todos os dias ela ensaiava passos.
Era bailarina na vida.
Dessas que nunca fazem 'pas de deux'.
Dançava sozinha.
E a graça e suavidade
que saltavam das suas sapatilhas,
se espalhavam pelos braços,
pelas pernas, tomavam conta
do seu corpo inteiro.
As angélicas recendiam perfume
em seus cabelos.
As bailarinas enfeitam e encantam o mundo!
E ela rodopiava, se soltava na beleza
de um 'pas de valse'.
De vez em quando, acontecia
um descompasso.
A música tocava e a bailarina não conseguia dançar.
Tentava um 'coupé', mas o passo ficava capenga.
Era a vida batendo na porta da bailarina.
Nem sempre toca a música
que a delicadeza sabe dançar.
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Jac. Rizzo - http://jacrizzo.blogspot.com/
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sábado, 18 de dezembro de 2010
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