quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Alimento

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Os olhos se calam
E o amor fica distante
O silêncio vaga
E as migalhas se põem

O medíocre lanha
A alma que agoniza
O falso é cadafalso
Para se findar em dor

Uma morte estranha
Espera na minha porta
E confirma as cicatrizes
Debaixo da ferida exposta

Marcas quase abstratas
Assusta o que é nascido

Esmolo o amor
Mas dele nem sei os modos
Sei, meu único alimento
Para nascer e morrer todos os dias


,
MQ
.

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