domingo, 8 de agosto de 2010

MÁRCIA CORRÊA - Poema aflito

.
meu poema começa e termina
no mesmo sopro
não espera rima
nem prepara a métrica
não termina
é poema desidratado
das coisas da vida
nasce da ânsia
espasmo da vontade
vem de quimeras trepidantes
fogo amigo de si mesmo
nuvem de cinza esvoaçante
poema imaturo
preguiçoso de sofrer
covarde das artimanhas
do amanhecer
poema aflito
por saber onde habita
do amor a condenação

~
Márcia Corrêa -
http://novopapeldeseda.blogspot.com/
,

Nenhum comentário:

Postar um comentário